segunda-feira, 10 de junho de 2013

Coordenadora do MEC confirma ações de qualificação do ensino médio

 

          O Ministério da Educação (MEC) anuncia em 20 de junho, ao Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed) a articulação de um conjunto de ações sistêmicas que têm por objetivo a qualificação do ensino médio brasileiro e a reversão de índices elevados de aprovação e abandono, que giram em torno de 22% no país. De acordo com a coordenadora de Ensino Médio na Secretaria de Educação Básica do MEC, Sandra Regina Oliveira Garcia, o Brasil tem pela frente grandes desafios. A proposta em elaboração no MEC traz para o país elementos das Diretrizes Curriculares Nacionais que já estão sendo colocados em prática pelo Estado do Rio Grande do Sul na reestruturação curricular do Ensino Médio desde 2012, iniciativa considerada “corajosa” pela coordenadora do MEC.
          Entre as ações em estudo no Ministério e que devem ser pactuadas com os secretários de Educação estão a ampliação do Programa Ensino Médio Inovador (Pro EMI), que destina recursos para a materialização de ações pedagógicas de que qualifiquem a aprendizagem, o desenvolvimento de uma base nacional de currículo, criação do PAR Ensino Médio, com destinação de recursos para qualificação de espaços escolares e equipamentos, como laboratórios e novas estratégias voltadas à formação de professores, de gestores e de funcionários de escolas.
          O assunto foi tema de reunião realizada nesta sexta-feira (7) na Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com a participação de técnicos e gestores de escolas e da Seduc, incluindo o secretário Jose Clovis de Azevedo e a secretária-adjunta Maria Eulalia Nascimento.

Base nacional de currículo

Sandra Garcia frisa que o Brasil precisa de uma unidade, o que não significa currículo único ou currículo mínimo a todo o país. De acordo com a coordenadora, em setembro o MEC lançará o Documento-base dos Direitos à Aprendizagem e ao Desenvolvimento dos alunos, que será a base nacional do currículo, ou seja, o que, de norte a sul do país, o aluno deve aprender. A partir deste documento, secretarias estaduais e escolas terão autonomia para definir suas matrizes curriculares. “O Brasil tem muitas diversidades, e o currículo é que precisa definir a formação de professores, a elaboração do material didático, o modo de avaliação”, explica a Doutora em Educação.

Por que

Dos 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anos, 5,3 milhões estão no Ensino Médio, indicando que quase 50% dos jovens com idade de frequentar esta etapa da educação básica estão fora dela. Quase 30% ainda estão no Ensino Fundamental e o restante, fora da escola. No Rio Grande do Sul, cerca de 50 mil jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola.

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